O que dizer...

Depois disso?

Eu te amo. Sempre te amei. Nunca te esqueci.

Juno

(Jules e Jim - a François Truffaut)

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Instante de vislumbrar o mundo, da janela,
E ver feliz como tudo acontece. Equilibrado
Entre uma xícara de café e um cigarro. Atônito.
Eis aonde tudo acontece: A janela em seu mistério!

Ah se me cai bem! Este girar eterno, distante,
Enquanto eu, parado, miro esta longínqua mecânica
Tão longe quanto as paixões que sonhei na infância.
Neste horizonte nada tarda, porém fenece, e recria-se.

Aonde oh alma deixam-se teus vagares, escassos?
Numa devassa nuvem negra que céu da vida enlouquece,
Aonde? Nos vales do desperdício, qual ócio delimita?
Amanhece, pois, nascente d’um raiar do sol somente.

E o enxergar d’alma de oriente reflete e vê, estritamente,
Um novo mundo. Adolescente eterno a gozar em prima via
E em todo dia refazer-se em toda gente. Entrecortado vejo
O espiral infinito, e o eterno vislumbre é um único amor,
E ele tão somente!

Jônatas Luis Maria