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Transito livre por entre meios.
Jamais chego ao fim.
Caminho por desertos infinitos,
areias do teu corpo.
Navego eterno nos teus antros,
Marinheiro sem pátria
para um porto.
E desisto sutilmente
quando anseio, demente, por teu ventre.
Sou um inteiro outono
repousando calmo
sobre tuas claves de sol
e nos mistérios profundos do teu sono.
Andarilho dos milênios
atiro-me implacável quando cantas
nos ouvidos absolutos
dos maestros.
Assim é meu viver transeunte.
Meu bem-querer que se liberta.
Que a coroa divina tua face ostente,
Inundando mundos e mais que isso,
com a luz volátil de teus olhares.
Assim é meu viver passaporte,
essas emoções que resplandecem
por entre os dias desse dia-a-dia
Meu pôr-do-sol é teu corpo em contraponto,
é tua ira, quando afaga-me os cabelos.
Jônatas Luis Maria