Subversivo de Espelhos

(Os Fetiches da projeção)
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Vieste, e fizeste bem. Eu esperava,
queimando de amor; tu me trazes a paz.
Safo


Todos os outros vivem. Eu sonho.
Metafísicas na minha cabeça confusa.
Um Breton sem manifestos. Um papiro
De variações oníricas, jogos de inconsciência.

Translações em aforismos falaciosos.
Floração incompleta sempre imatura,
Então, a natureza tende esquecer-se,
E o sonho faz-se o terceiro sublime.

Aquele que desregra, decompõe o espaço.
Dinâmico tempo de múltiplas instâncias.
Aqui jazem todas as metáforas, insânias;
Casa de Safo e Hermes no intestino do Caos.

A ti toda volúpia, confusão que o corpo destrói.
Graças aos teus irmãos Ícelus e Phantasos!
Meu grande amor dos infernos! Fetiche do virtual:
Minhas mãos não se cansam de tocar em você.

Jônatas Luis Maria