Se eu chorar,
Deixa-me popular, quase povo
A derramar todo filho que partiu.
Compõe dos meus olhos solidão,
Deixando a lágrima de refrão.
E se sorrir,
Fazei de mim todo mar
Onde barco algum há de se perder.
Deixa-me ondas de maré mansa,
Lentamente a inundar o silêncio.
Se eu viver,
Plantai uma flor entre minhas chuvas,
Colorindo esse nosso eterno inverno.
Fazei de mim teatro, ato de improvisos,
Deixando-me cenas de absurdo.
Se eu morrer,
Fazei uma festa onde deus não entra
Mas o amor não sai.
Fazei das lembranças um verso,
E queimai o que restar.
Jônatas Luis Maria