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Nos anacronismos de tuas reticências
Estão minhas infinitas esperas.
Nos modernismos das tuas tatuagens,
As órbitas de astros que nos regem.
Nas entranhas férteis dos teus ovários
Sementes frementes se agitam, em guerra,
Buscando ser nossos filhos que virão.
Atirados à terra úmida, educados no caos.
E tua dança contemporânea antropocêntrica,
Fora ritual cosmológico nas minhas vidas passadas.
Das analogias loucas dos nossos medos
Se fizeram, em Hollywood, tantos filmes de terror.
Das esperanças nossas, todas cruas, tantos dramas.
E nós dois abraçados corremos pela chuva densa,
Pelas noites frias,
Pela vida afora.
Jônatas Luis Maria
